terça-feira, janeiro 19, 2010


Luz do sol sobre a do luar.

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Entende como eu digo que é impossível? Eu tento me aproximar de você e eu quero estar ao seu lado sempre, você sabe que eu te amo mas mesmo assim se afasta. Não é medo seu. E isso machuca, eu não preciso sentir dor física pra esquecer a dor do coração... Ela me consome, me engole, me devora... Não deixa restos, não deixa esperança nem dívida. É como se eu sumisse por alguns segundos, sumisse por horas, meses, anos... Nada mudado. Isso me faz sofrer, não por não ter atitude o bastante pra dizer chega e sim por não conseguir. Qualquer um pode falar porém o difícil é conseguir fazer, o difícil é aguentar toda a dor que vem depois. Já aguentei muita dor, aos poucos, mas foi tanta que eu acho que é possível que eu encare a pior das dores do mundo e ainda fique contente, que não seja o mesmo motivo. Eu vou deitar na grama em que as folhas úmidas de alguma árvore cubram o meu rosto que demonstra dor. Eu vou fechar os olhos e sentir as gotículas que escorregaram das folhas, caírem sobre a minha face gelada, gelada a muito tempo... Quando eu abro os olhos eu vejo a mesma cena. Vou ficar ali por dias vendo a mesma cena e sofrendo o mesmo tanto, ao mesmo segundo, a mesma dor, insuportável... Mas eu vou esperar até que alguém, alguém de coração bom apareça para acariciar meus cabelos, abraçar-me e fazer com que tudo fique bem. Alguém para cuidar de mim, alguém que vai depositar um suave beijo em minha testa com lábios mornos, fazendo com que a cor e a alegria volte.

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